Atualizada às 16:56
Clique para acessar todas as matérias e artigos de Opera Mundi e Samuel sobre o processo de impeachment
A aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo Senado na madrugada desta quinta-feira (12/05) tem gerado manifestações de intelectuais e personalidades que criticam o processo.
Agência Efe
Votação no Senado na madrugada desta quinta-feira admitiu o processo de impeachment contra Dilma, que ficará afastada por 180 dias
“Chega de golpes na América Latina”, escreveu em seu Twitter o prêmio Nobel da Paz Pérez Esquivel, que se manifestou em outros momentos contra o processo de impeachment.
¡Basta de golpes en América Latina!
¡Chega de golpes na América Latina!
¡Enough of coups in Latin América!#Brasil pic.twitter.com/bYpQd1e2nj— AdolfoPérez Esquivel (@PrensaPEsquivel) 12 de maio de 2016
Ao comentar o afastamento de Dilma – a primeira mandatária da nação -, o jornalista norte-americano, Glenn Greenwald, vencedor do prêmo Pulitzer e criador do site de jornalismo investigativo The Intercept, disse que Michel Temer está formando um gabinete que será, desde 1979, o primeiro sem a presença de mulheres.
Brazil's 1st female President suspended; Temer now assembling a cabinet that will be first since '79 with no women https://t.co/NLfYRIc4vM
— Glenn Greenwald (@ggreenwald) 12 de maio de 2016
NULL
NULL
A ex-senadora e ativista colombiana Piedad Córdoba também se expressou através de seu perfil no Twitter contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff. “Vocês realmente acham que uma manada de corruptos querem tirar Dilma para lutar pela transparência e pela democracia? #EuSouDilma”, escreveu Córdoba.
¿Ustedes realmente creen que una manada de corruptos quiere sacar a Dilma para luchar por la transparencia y la democracia? #YoSoyDilma
— Piedad Córdoba Ruiz (@piedadcordoba) 12 de maio de 2016
Também pelo Twitter, o teólogo e escritor Leonardo Boff classificou a democracia brasileira como “farsa”. Para ele, por trás do processo de impeachment, “se esconde o projeto político dos privilegiados” que querem ”anular” as mudanças que ocorreram no país e “voltar à acumulação indecente”.
Se medirmos a democracia com o que lhe é essencial como igualdade face às leis,respeito aos direitos e inclusão,a nossa parece uma farsa.
— Leonardo Boff (@LeonardoBoff) 12 de maio de 2016
Por 55 votos a favor e 22 contra, o Senado admitiu o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que ficará afastada por no máximo 180 dias. Em seu lugar assume Michel Temer (PMDB). Nesse período, o Senado julga se a presidente cometeu ou não crime de responsabilidade. Caso os senadores julguem que sim, ela perde o mandato e fica inelegível por oito anos, e Temer assume definitivamente a Presidência.