O plenário do Congresso peruano aprovou nesta sexta-feira (15/07) um relatório que recomenda acusar constitucionalmente o presidente Pedro Castillo por liderar uma suposta organização criminosa.
Com 72 votos a favor, 40 contra e zero abstenções, os parlamentares aprovaram o relatório final da Comissão Fiscalizadora.
As conclusões e recomendações da investigação propõem proceder contra o presidente Castillo por supostos atos irregulares, afirmando que desde 28 de julho de 2021, o chefe de Estado lidera uma organização criminosa, composta por funcionários públicos e indivíduos do Ministério dos Transportes e Comunicações.
Con 72 votos a favor y 40 en contra, el #PlenoDelCongreso aprobó el informe final sobre los presuntos hechos ilícitos de vulneración al principio de transparencia y desempeño del presidente Pedro Castillo, y del exsecretario presidencial, Bruno Pacheco. pic.twitter.com/XaCjyh6cIR
— Congreso del Perú ?? (@congresoperu) July 16, 2022
Além disso, o relatório aponta que Castillo teria concedido contratos em troca de benefícios econômicos. O texto também menciona supostos atos de corrupção do presidente peruano no projeto Puente Tarata, nas promoções militares de 2021 e pela descoberta de 20 mil dólares no gabinete do ex-secretário da Presidência, Bruno Pacheco.
Esse relatório, depois de aprovado, será encaminhado à Subcomissão de Acusações Constitucionais, que dará seguimento ao tema na próxima legislatura, que se inicia no final de julho.
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Com 72 votos a favor, 40 contra e zero abstenções, os parlamentares aprovaram o relatório final da Comissão Fiscalizadora
Castillo evitou testemunhar perante a Comissão de Supervisão sob o argumento legal de que não pode ser investigado ou processado durante seu governo, exceto em casos de suposta traição contra o país, para o fechamento do Congresso ou para impedir eleições.
(*) Com Telesur