Organizações sociais de diferentes regiões do Peru realizam nesta sexta-feira (03/03) uma nova grande manifestação em Lima, capital do país, para exigir a renúncia da presidente Dina Boluarte.
O evento chamado de Segunda Tomada de Lima se refere ao fato de que é a segunda vez que os movimentos realizam marchas que saíram de diferentes províncias do interior em direção à capital, para se reunir em um grande ato no centro cidade.
A primeira marcha nacional a Lima foi realizada em janeiro passado, terminando em um grande ato político realizado no dia 20 de janeiro, que reuniu centenas de milhares de pessoas no Centro da capital peruana.
Segundo o canal TeleSUR, foram registradas marchas partindo de Puno, Aycacucho, Apurímac e Huancavélica, entre outras províncias.
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Movimentos organizam ‘Segunda Tomada de Lima’ buscando reproduzir sucesso d primeira, em janeiro, que teve centenas de milhares de pessoas
O ato desta sexta também visa criticar o Poder Judiciário e o Ministério Público do Peru pela lentidão das investigações dos 62 casos de manifestantes mortos pela repressão policial [segundo dado da Coordenadora Nacional de Direitos Humanos do Peru, CNDDHH] durante as manifestações realizadas com frequência no país desde dezembro de 2022, após a destituição do ex-presidente Pedro Castillo.
Outro alvo de críticas por parte das organizações sociais é uma resolução da Polícia Nacional do Peru (PNP), órgão que atua na repressão às manifestações públicas no país.
Em 22 de fevereiro, a PNP publicou um documento pelo qual anunciava as novas diretrizes para a atuação policial em protestos realizados no país. Entre as mudanças mais significativas está a que permite criminaliza líderes e organizações sociais caso a autoridade policial local considere que seu movimento realizou atividades “terroristas”.