O presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, disse nesta quarta-feira (22/06) que se comunicou com o governo venezuelano para “abrir as fronteiras e restabelecer o pleno exercício dos direitos humanos” com o país vizinho.
“Eu me comuniquei com o governo venezuelano para abrir as fronteiras e restabelecer o pleno exercício dos direitos humanos”, escreveu o mandatário no Twitter.
Me he comunicado con el gobierno venezolano para abrir las fronteras y restablecer el pleno ejercicio de los derechos humanos en la frontera.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) June 22, 2022
Por sua vez, seu homólogo da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que discutiu com Petro a “vontade de restaurar a normalidade nas fronteiras”.
“Conversei com o presidente eleito da Colômbia, Gustavo petro, e, em nome da população venezuelana, o parabenizei pela vitória. Discutimos sobre a disposição de restaurar a normalidade nas fronteiras, várias questões sobre a paz e o futuro próspero de ambos os povos”, declarou Maduro.
Conversé con el presidente electo de Colombia @petrogustavo, y en nombre del pueblo venezolano, lo felicité por su victoria. Dialogamos sobre la disposición de restablecer la normalidad en las fronteras, diversos temas sobre la Paz y el futuro próspero de ambos pueblos. pic.twitter.com/ZK3cBE8JdO
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) June 22, 2022
Nesse sentido, Petro dá os primeiros passos em suas promessas de campanha, uma vez que ele havia se comprometido a normalizar a atividade fronteiriça entre seu país e a vizinha Venezuela.
Gustavo Petro Urrego/Flickr
Petro diz que se comunicou com o governo da Venezuela para normalizar situação fronteiriça
Durante a disputa presidencial, o líder da coalizão Pacto Histórico chegou a dizer que Cúcuta, região fronteiriça com a Venezuela, só poderia prosperar e “ser uma cidade” se tivesse as fronteiras abertas.
A crise entre os dois países foi desencadeada em 2015, depois de uma emboscada a três militares venezuelanos, que patrulhavam a fronteira, para impedir o contrabando de alimentos e combustível. Além dos militares, um civil venezuelano foi ferido por homens armados que fugiram de moto.
Na época, Maduro atribuiu o ataque a “paramilitares” e mandou fechar parte da fronteira. Cerca de mil colombianos, vivendo ilegalmente na Venezuela, foram deportados. Depois em 2019, durante o auge da crise política no país bolivariano, as relações fronteiriças também foram estremecidas.
No domingo (19/06), após eleição do primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, que tomará posse em 7 de agosto, o mandatário venezuelano parabenizou a chapa Gustavo Petro e Francia Márquez “pela histórica vitória”, acrescentando que as eleições ouviram a “vontade do povo colombiano” que teria saído para “defender o caminho da democracia e da paz”.
“Novos tempos estão à vista para este país irmão”, concluiu Maduro no Twitter.
(*) Com TeleSur.