O presidente do Chile, Sebastián Piñera, convocou nesta quarta-feira (27/11) no palácio de La Moneda (sede do governo) uma reunião de emergência para revisar os episódios de violência que ocorreram nos últimos dias no país.
Estiveram presentes o ministro do Interior, Gonzalo Blumel, a porta-voz do governo, Karla Rubilar, os subsecretários do Interior e da Prevenção de Crimes, Rodrigo Ubilla e Katherine Martorell, e o diretor da subsecretaria de Desenvolvimento Regional e Administrativo, Claudio Alvarado.
Após uma hora e meia de reunião, o mandatário convocou uma coletiva de imprensa onde fez uma série de anúncios. Um deles foi que voltou a pedir urgência na aprovação de quatro projetos da agenda de segurança: a lei antiencapuzados, a lei antisaque, a lei antibarricadas e a possibilidade que as Forças Armadas resguardem a infraestrutura crítica do país.
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A diferença é que o presidente exigiu ao Congresso a rápida aprovação deste pacote de medidas. “Devem se transformar em leis da República agora, em questão de dias, para que nos permitam contar com ferramentas para resguardar a população”, disse Piñera.
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"Devem se transformar em leis da República agora, em questão de dias", disse
Segundo Piñera, “a violência está causando um dano que pode ser irreparável ao corpo e à alma da nossa sociedade. A violência significou dolorosas perdas de vidas humanas e muitas pessoas feridas. A violência está destruindo sonhos e projetos de vida para muitas pessoas e empreendedores do nosso país”.
Por sua vez, deputados e senadores da oposição responderam às declarações de Piñera. “Todos compartilhamos o diagnóstico e rechaçamos a violência sem dúvidas. Mas o presidente continua repetindo as mesmas propostas desde o início e nada muda. Ele tenta transferir a responsabilidade ao Congresso, propondo um aumento de penas a delitos que já existem”, disse Miguel Crispi, deputado da Frente Ampla.
O parlamentar ainda afirmou que “aumentar penas de delitos não impedirá os manifestantes. Necessitamos de uma nova estratégia de polícia”.