Sexta-feira, 20 de junho de 2025
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O governo brasileiro refutou a afirmação do líder ucraniano Volodymyr Zelensky de que não havia sido convidado para a cerimônia de posse do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia primeiro de janeiro deste ano.

Ao marcar presença no evento do novo presidente eleito na Argentina, Javier Milei, Zelensky declarou à imprensa, na ocasião: “Não fui à posse de Lula porque não fui convidado. Aqui, Milei me ligou e convidou. Se me chamarem para ir ao Brasil, eu vou. Já convidei Lula para ir à Ucrânia”.

No entanto, segundo o Palácio do Planalto, o ucraniano pediu uma reunião com Lula em cima da hora, enquanto fazia uma parada em uma base aérea para seguir a Buenos Aires. O Palácio do Planalto teria negado o pedido.

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De acordo com o jornal O Globo, o Itamaraty rebateu o líder ao dizer que o convite havia sido realizado, inclusive, publicamente.

Governo brasileiro rebate versão ao provar que vice-primeira-ministra da Ucrânia se reuniu com o próprio petista um dia antes da cerimônia e justificou ausência do presidente ucraniano pela guerra

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Planalto desmente Volodymyr Zelensky que afirmou não ter sido convidado à posse de Lula

“Houve convite para o presidente da Ucrânia vir à posse, e a Ucrânia enviou a vice-primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, que se reuniu com Lula no dia 31 de dezembro de 2022, que trouxe os cumprimentos de Zelensky e que disse que ele não pode vir então devido à guerra com a Rússia. O encontro foi público”, informa a nota emitida pelo Planalto e mencionada pela mídia.

Caso semelhante aconteceu durante a cúpula do G7, em maio deste ano, quando o presidente da Ucrânia afirmou que não se encontrou com Lula ao que classificou como “má vontade” do Brasil. Na ocasião, o Itamaraty rejeitou a versão dizendo que havia sugerido três horários para a reunião, mas que não aconteceu “por conta do lado ucraniano”.

O encontro só aconteceu em setembro, quando os dois líderes se reuniram pela cúpula da Assembleia das Nações Unidas em Nova York.

Os atritos entre os países acontecem com frequência desde que, no início do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou a enviar ajuda militar para a Ucrânia.