O líder italiano da União Democrática de Centro (UDC), de oposição, Pier Ferdinando Casini, anunciou a criação do Terceiro Pólo no Parlamento após se reunir com Gianfranco Fini, líder do Futuro e Liberdade para a Itália (FLI) e ex-aliado do premier Silvio Berlusconi, além de outras lideranças políticas.
O também chamado “Pólo da Nação” ou “Pólo para a Itália” reúne 100 parlamentares de oposição ao governo e diz que pretende trabalhar “pelo bem do país”, para “reunificar a Itália e pacificá-la”. Casini também se reuniu com os democrata-liberais, Giorgio La Malfa e Paolo Guzzanti, com Francesco Rutelli, co-fundador do Partido Democrata Europeu com Romano Prodi, e líderes do Movimento pela Autonomia (MPA).
A criação do novo grupo político tem a intenção de unificar a oposição contra Berlusconi, que por sua vez já disse que pretende atrair individualmente os parlamentares desiludidos com seus partidos após a votação das moções de confiança que ocorreu na terça-feira.
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O objetivo também é batizar uma força de “oposição responsável e séria, pronta para discutir sobre eventuais medidas que atendam aos interesses gerais dos italianos, a partir das econômico-sociais e das grandes reformas a serviço do país”, explicou Casini.
“É preciso trabalhar para a Itália, sem polêmicas, após o momento dos confrontos e da votação de confiança na terça-feira. Agora temos um governo e também uma oposição responsável de mais de 100 parlamentares que decidem se unir pelo bem do país. Não é nossa intenção iniciar guerras, mas sim unir as forças responsáveis”, continuou o líder da UDC.
O chamado terceiro pólo “está muito vivo”, atestou Rutelli, respondendo a Berlusconi, que declarou ontem que este novo pólo estaria encerrado antes mesmo de nascer.
Para mostrar que se trata de um projeto bem estruturado e de perspectiva, a nova “formação” teria até pensado em como apresentar as listas de deputados e senadores no caso de uma eleição antecipada inclusive para o Legislativo. A linha era uma lista única para o Senado e duas para a Câmara: uma constituída pelo setor católico – UDC e Aliança para a Itália (API) – e a outra “laica”, integrada pelo FLI, MPA e os outros partidos.
Sobre o nome, que foi discutido em uma reunião prévia em Montecitorio – sede da Câmara dos Deputados – entre Casini, Fini e Bocchino, ainda não há acordo. Há os que preferem Pólo da Nação ou Pólo para a Itália, como agradaria mais a Casini. No entanto, não se exclui que o líder da UDC aceite um nome diferente daquele indicado por ele, se se confirmar que a liderança da federação futura ficaria em seu poder.
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