O Partido Lei e Justiça (PiS, em polonês) conseguiu eleger 235 de 460 cadeiras no Parlamento da Polônia, obtendo maioria absoluta e podendo governar o país sozinho, sem a necessidade de fazer alianças com outros partidos. O feito é inédito no país desde 1989, quando acabou o comunismo no país.
O PiS é comandado por Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do ex-presidente Lech Kaczynski, que morreu em um acidente de avião em 2010. O pleito foi realizado no último domingo (25/10), mas resultados finais só foram divulgados nesta terça-feira (27/10)
Agência Efe
O cargo de premiê será assumido por Beata Szydlo, a liderança do partido ficará a cargo de Jaroslaw Kaczynski
Característico por sua desconfiança para com a União Europeia, o partido pretende aumentar os gastos sociais, aumentar os impostos sobre os ricos e re-estatizar empresas-chave como parte de sua política. O PiS, contudo, se opõe à entrada de imigrantes e estrangeiros no geral, aos gays e às feministas.
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Atualmente no cargo de primeira-ministra está Ewa Kopacz, que será substituída por Beata Szydlo. Na presidência segue Andrzej Duda, também do partido PiS, que congratulou Kaczynski pela vitória.
O partido derrotou a Plataforma da União Cívica Pró-Europeia, que ficou no poder durante oito anos e conseguiu expandir em quase 50% a economia da Polônia. A nação, contudo, vem sofrendo com um período de desaquecimento econômico.
A população também se mostrou descontente com a política de recebimento de refugiados em 2015 da Plataforma: 2.000 foram aceitos e o país se comprometeu a receber mais 5.000 pessoas até o fim do ano. O PiS possui um posicionamento com relação aos refugiados muito similar ao do premiê húngaro Viktor Orban, que fechou as fronteiras da Hungria.