As manifestações contra o filme que satiriza o profeta Maomé afetaram o planejamento da Otan no Afeganistão, conforme informou a organização em um comunicado nesta terça-feira (18/09) por meio da Isaf (Força de Assistência e Segurança Internacional no Afeganistão).
O informe explica que o efetivo militar da organização no país será alterado nos próximos dias de acordo com a avaliação de vulnerabilidade das regiões. Enquanto que em algumas localizações a presença dos oficiais será reduzida, outras receberão mais militares do que o usual.
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Segundo o militar norte-americano John Allen, chefe da Otan no país, “as operações se conduzirão de modo que o risco para nossas tropas diminuam, mas o êxito da missão seja garantido”.
Jornais internacionais reportaram que a organização decidiu suspender, pelo menos temporariamente, a cooperação com as Forças Armadas do Afeganistão. A medida estaria relacionada ao aumento de atentados perpetrados por membros do exército e da polícia afegã contra militares estrangeiros da Otan. Apenas neste ano, aconteceram 36 ataques que mataram 51 soldados da missão militar no país.
A decisão revela a crescente desconfiança das autoridades da Otan com seus parceiros afegãos e pode afetar o plano conjunto da organização com o governo local de treinamento do exército afegão, informou o jornal britânico Guardian.
A Isaf, no entanto, negou essas afirmações e garantiu a continuidade dos trabalhos no país. “A Isaf permanece comprometida em cooperar, treinar, aconselhar e assessorar nossos companheiros afegãos”, diz em nota. “Em resposta às ameaças resultantes do filme A Inocência dos Muçulmanaos, a Isaf tomou medidas prudentes, mas temporárias”, garante.