O prefeito de Miami, Francis Suárez, pediu durante uma entrevista nesta quinta-feira (15/07) que os Estados Unidos considerem realizar ataques aéreos contra Cuba.
Para a emissora norte-americana Fox News, Suárez declarou ser necessário uma “coalizão de possíveis ações militares” contra a ilha, afirmando que seriam “similares” aos episódios de intervenções “durante governos republicanos e democratas”.
Questionado se estaria sugerindo realmente os ataques, o prefeito disse que sua sugestão tinha que ser uma “opção a ser explorada” e que não poderia ser “simplesmente descartada”.
“O que deveria acontecer agora mesmo é uma coalizão de possíveis ações militares em Cuba, similar ao que ocorreu durante governos tanto republicanos quanto democratas. […] O que estou sugerindo é que essa opção [ataque aéreo contra Cuba] tem que ser explorada e não pode ser simplesmente descartada como um opção que não está sob a mesa”, disse.
Suárez afirmou que a intervenção seria semelhante à outras ações norte-americanas, como, por exemplo, no Panamá e na Iugoslávia sob o comando de presidentes de ambos os partidos.
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Suárez disse à Fox News ser necessário uma ‘coalizão de possíveis ações militares’ contra a ilha
De acordo com o jornal Cubadebate, após a entrevista à Fox News, Suárez declarou ao Miami Herald que estaria aguardando uma ligação do presidente norte-americano Joe Biden e que iria planejar pedir-lhe que considere a intervenção.
Cuba acusa EUA de usarem robôs no Twitter em ‘operação midiática’
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, acusou os Estados Unidos de implementarem uma “operação midiática em grande escala” para desestabilizar a ilha e reforçarem protestos liderados por oposicionistas.
Rodríguez também acusou o governo norte-americano de fazer “uso imprudente e obsceno de mentiras, calúnias, manipulação de dados” com o objetivo “de mobilizar, convocar, incitar e manipular as pessoas”, acrescentou.
Contra Cuba, disse o chanceler, Washington usou suas “ferramentas de alta tecnologia, poderosas e sofisticadas” para aproveitar as “duras condições sociais que a pandemia gerou no planeta”.