A Comissão Eleitoral do Reino Unido abriu nesta quarta-feira (28/04) uma investigação contra o primeiro-ministro Boris Johnson por causa de uma reforma na residência oficial de Downing Street.
O órgão vai apurar como o premiê custeou as obras para renovar o local. Além disso, a investigação foi aberta pouco tempo depois de Johnson ter sido acusado pelo seu ex-assessor Dominic Cummings de financiar a reforma com doações privadas.
“Há motivos razoáveis para suspeitar que um ou mais crimes foram cometidos. Continuaremos trabalhando para verificar se é esse o caso”, informou a autoridade de controle.
Os primeiros-ministros britânicos ganham anualmente 30 mil libras (cerca de R$ 225 mil) de dinheiro público para reformar a residência oficial durante seu mandato. No entanto, os jornais locais informaram que Johnson e sua companheira, Carrie Symonds, gastaram 200 mil libras (por volta de R$ 1,5 milhão).
A imprensa britânica ainda especulou sobre uma contribuição de 58 mil libras de um doador que não teria sido informada à Comissão Eleitoral, como é exigida por lei.
O premiê, por sua vez, garantiu à Câmara dos Comuns que todos os custos da reforma saíram do seu próprio bolso, mas não deixou claro se teria embolsado antes um empréstimo feito pelo partido.
Andrew Parsons / No 10 Downing Street/Flickr
Premiê garantiu à Câmara dos Comuns que todos os custos da reforma saíram do seu próprio bolso