O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, afirmou na tarde desta segunda-feira (03/04) que a explosão no metrô de São Petersburgo que deixou pelo menos 10 mortos e 37 feridos nesta manhã se trata de um ataque terrorista.
O premiê classificou o ocorrido como “ataque terrorista” em uma mensagem postada em seu perfil no Facebook em que expressa condolências às famílias das pessoas mortas e feridas na explosão.
“Aqueles que foram afetados pelo ataque terrorista no metrô de São Petersburgo receberão toda a assistência necessária. Todas as instruções foram dadas ao Ministério da Saúde e ao Ministério de Emergências. Minhas mais sinceras condolências às famílias e amigos de vítimas da explosão. Esta é uma dor de todos nós”, escreveu o premiê.
Segundo o Comitê Nacional Antiterrorista da Rússia, a explosão, que aconteceu entre as estações de Sennaya Ploschad e Tekhnologitchesky Institut por volta das 14h40 locais (8h40 em Brasília), foi causada por “um objeto explosivo não identificado”, mas a causa exata ainda deve ser confirmada.
O CNA também informou que uma bomba caseira foi encontrada e desativada em outra estação de metrô na cidade, a Ploschad Vastania, o que indica um ataque coordenado.
Agência Efe
Russos deixam flores e velas em memória de vítimas de explosão no metrô de São Petersburgo nesta manhã
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Uma investigação antiterrorista foi aberta, mas outras causas estão sendo apuradas, informou o CNA. Nenhum grupo terrorista reivindicou o ataque até o momento, e as autoridades russas não indicaram possíveis responsáveis.
Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que todas as causas, especialmente terrorismo, estavam sendo investigadas. O mandatário nasceu e tem seu berço político em São Petersburgo e estava na cidade no momento da explosão para uma conferência, mas já deixou o local, afirmou seu porta-voz, Dmitry Peskov.
Esta é a primeira vez que um ataque tem como alvo o metrô de São Petersburgo, que transporta mais de dois milhões de passageiros diariamente na segunda maior cidade da Rússia.
Em 2010, dois atentados suicidas deixaram 38 mortos no metrô de Moscou. Um ano depois, uma bomba explodiu em um trem de alta velocidade que viajava da capital russa a São Petersburgo, deixando 27 mortos e 130 feridos. Os dois ataques foram reivindicados por grupos extremistas islâmicos.