O presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, rejeitou neste sábado (1º/1) o ultimato que Alassane Ouattara, reconhecido internacionalmente como presidente eleito no último pleito, lhe deu na sexta-feira para que deixe o poder, enquanto o país continua sob o temor de uma volta da guerra civil.
O primeiro-ministro designado por Ouattara e chefe das chamadas “Forças Novas”, Guillaume Soro, comunicou a Gbagbo na noite de sexta-feira que, se antes da meia-noite ele não deixasse o cargo, o presidente eleito se veria “obrigado a considerar outras medidas”.
Gbagbo negou ter sido derrotado por Ouattara no segundo turno das eleições presidenciais de 28 de novembro e ressaltou que permanecerá no cargo. Ele também acusou a comunidade internacional de tentar tirá-lo do poder: “Há uma tentativa de golpe de Estado sob o patrocínio da comunidade internacional”.
Em referência à visita que três presidentes da África Ocidental farão a Abidjan na segunda-feira para tentar solucionar o conflito por via pacífica, ele afirmou que “o tempo de guerra passou e agora é o momento do diálogo”. Diante desta postura de Gbagbo, o porta-voz do governo de Ouattara, Méité Sindou, disse neste sábado (1º/1) que a única solução para obrigar Gbagbo a deixar o poder “é a força”.
A Ecowas (sigla em inglês para Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental) advertiu que a condição imposta a Gbagbo é deixar o poder e que, caso isso não ocorra, usará a “força legítima” para obrigá-lo a deixar o cargo.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL