O presidente da GM (General Motors), Rick Wagoner, renunciou ao cargo, dentro do acordo para que o Governo americano amplie sua ajuda à montadora, informou a imprensa norte-americana.
O jornal The Wall Street Journal, a National Public Radio e a rede de TV ABC, entre outros veículos, disseram que, embora Wagoner já tenha apresentado sua renúncia, o anúncio oficial será feito amanhã (30).
Wagoner deve deixar o cargo a pedido da Casa Branca, como parte da segunda etapa do plano de reestruturação da indústria automobilística norte-americana, de acordo com o jornal britânico Financial Times.
É esperado que Obama anuncie amanhã que a GM e a Chrysler receberão ajuda extra do governo, além dos 17,4 bilhões de dólares que as montadoras já receberam caso seguissem determinados pré-requisitos. A GM pediu mais 16,6 bilhões de dólares e a Chrysler, 5 bilhões de dólares.
Substituto
Fritz Henderson, executivo-chefe da GM, é um dos nomes cotados para a substituição de Wagoner. No entanto, ainda segundo o FT, a administração Obama deve decidir – como o fez com a seguradora AIG – que alguém de fora assuma o controle da empresa.
Obama reclamou na sexta-feira (27) que as duas companhias ainda não fizeram o bastante para se reerguerem e que inevitavelmente teriam de negociar cortes de gastos.
“Isso significará uma série de sacrifícios de todos os lados envolvidos: direção, trabalhadores, acionistas, credores, fornecedores etc” disse Obama à rede CBS. “Todos deverão sentar à mesa de discussão e realizar que será preciso tomar medidas sérias para que se preserve um futuro melhor”.
Histórico
Richard Wagoner se juntou à GM em 1977, atuando nos Estados Unidos, Brasil e Europa e se tornou presidente da companhia em 2000. Durante entrevista para a AP em dezembro, ele se negou a especular a notícia de que alguns membros do Congresso norte-americano desejavam que toda a liderança da GM se demitisse como parte do pacote de salvamento.
“Faço o que faço para acrescentar valor à empresa'' afirmou. “Não está claro para mim que ter experiência nessa indústria deveria ser vista como algo negativo, mas farei o que é melhor para a GM e o farei com a consulta de todo o corpo de diretores''.
Nos últimos quatro anos, a GM registrou perdas de 82 bilhões de dólares. No fim de 2008, teria ficado sem liquidez não fosse um empréstimo de emergência no valor de 13,4 bilhões de dólares dado pelo Departamento do Tesouro americano.
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