O presidente do HSBC, Stephen Green, acredita que os bancos “devem uma desculpa ao mundo real” pelos erros que conduziram à crise financeira do ano passado e que é necessário uma mudança de cultura para melhorar a percepção que têm os cidadãos da tarefa que desempenham os banqueiros.
Assim o afirmou Green em declarações à “BBC” em Istambul, onde assiste às assembléias do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), nas quais acrescentou que os bancos “também devem ao mundo real o compromisso de aprender as lições que têm a ver com Governo, ética e cultura na indústria”.
Green considerou que estas mudanças “não se podem conseguir simplesmente com normas e regulação”, embora reconhecesse que é “inevitável” que tanto os organismos reguladores como os diretores dos bancos aprendam com o ocorrido no último ano.
O principal responsável do HSBC ressaltou que o setor bancário deve “prestar muito mais atenção à liquidez” do que fez até agora, depois que a Autoridade de Serviços Financeiros (FSA) do Reino Unido anunciasse na segunda-feira novas regras ao respeito.
A FSA estabeleceu que os bancos devam possuir mais ativos que tenham uma liquidez real, como os bônus do Estado, para ser mais solventes frente a eventuais crises futuras.
Sobre o futuro de Londres como um dos grandes centros financeiros do mundo, Green reconheceu que a tendência é que a capital britânica perca peso em benefício do mercado asiático. De fato, o HSBC decidiu transferir seu diretor-executivo, Michael Geoghan, de Londres a Hong Kong.
“Dois terços de nossos negócios estão na Ásia. É para onde pensamos que se está transferindo o centro de gravidade da economia mundial”, manifestou Green.
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