Organizações sociais, sindicatos e ativistas dos direitos humanos marcharam nesta quarta-feira (20/12) na capital argentina em rejeição ao plano de ajustamento e às medidas de austeridade econômica do Governo da extrema-direita Javier Milei.
Esta foi a primeira grande mobilização contra o plano econômico anunciado pelo presidente, que coincidiu com o aniversário da crise de dezembro de 2001, que levou à queda do então presidente, Fernando de la Rúa (1991-2001).
A mobilização, além de condenar o plano de ajuste do novo governo, também busca defender o direito ao protesto e liberdade de expressão em resposta ao protocolo de ordem pública anunciado pelo Ministério da Segurança para desencorajar as manifestações que ocorreram hoje, ameaçando o corte de benefício social aos envolvidos nas marchas.
Entre as organizações que participaram da mobilização da marcha estão o Polo Obrero, a Frente de Esquerda, Pátria Grande, o Partido Comunista argentino, o Sindicato Ferroviário, a Memória, Verdade e Justiça, o Serviço Paz e Justiça e a Associação Sindical dos Professores.
Flickr/Gustavo Garello
Manifestantes marcham em Buenos Aires, Argentina, contra medidas de austeridade econômica em 20 de dezembro de 2023
Ainda que a manifestação tenha sido pacífica por parte dos manifestantes, houve dura repressão policial. Até o momento pelo menos três manifestantes foram presos. Enquanto o protesto seguia seu curso até a Praça de Maio, destino final da marcha, Milei monitorava a situação no Departamento de Polícia, acompanhado por vários funcionários de seu governo.
Os manifestantes reunidos na Praça de Maio começaram a dispersar a manifestação por volta das 18h00 locais, depois de um dia cheio de tensão devido ao protocolo antibloqueio, com diversas forças de segurança, promovido pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich.