O primeiro-ministro da Ucrânia, Nikolai Azarov, lançou um alerta nesta quarta-feira (04/12) para que a escalada de tensão no país chegue ao fim. O dirigente afirmou que seu governo não tolerará um “desenvolvimento catastrófico da situação”. “O Poder Executivo trabalha normalmente e controla a situação no Estado”, disse Azarov no começo de uma reunião com seus ministros na sede de governo.
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Centenas de opositores bloquearam novamente hoje (04) a entrada principal da sede do governo ucraniano. Azarov e outros funcionários do gabinete só conseguiram ter acesso ao prédio após a intervenção da polícia. A Comunidade Europeia chegou a especular que o país poderia declarar estado de exceção após a onda de violência.
Agência Efe
Manifestantes se reúnem em frente ao palácio presidencial em Kiev para um discurso da oposição
“O motivo dos protestos já não existe”, afirmou, no entanto, Azarov ao ressaltar que o governo conta com a confiança do Parlamento, que ontem (03) rejeitou uma moção de censura ao Executivo. O primeiro-ministro também criticou os dirigentes da oposição, aos quais acusou de incitar os ucranianos a transgredirem a lei.
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“Quero dizer aos cidadãos o seguinte: seus líderes os empurram a cometer delitos. Eles tentarão se proteger depois com imunidade parlamentar, mas vocês não têm essa proteção”, ameaçou o primeiro-ministro.
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A onda de manifestações começou após o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, rejeitar o acordo comercial proposto pela UE. O mandatário afirmou no domingo (01) que fará todo o possível para acelerar o processo de aproximação entre seu país e a UE, no entanto, ressaltou que a negociação deve ser feita entre “parceiros igualitários”.
“Farei tudo o que dependa de mim para acelerar o processo de aproximação da Ucrânia com a União Europeia, sem permitir para isso grandes perdas para nossa economia nem a piora das condições de vida de nossos cidadãos”, afirmou Yanukovich em mensagem à nação pela comemoração do aniversário do referendo de independência da Ucrânia da União Soviética.
(*) com agências de notícias internacionais