Centenas de pessoas protestaram contra os Estados Unidos em Bagdá, capital do Iraque, na madrugada deste domingo (03/01), data que marca um ano da morte do general iraniano Qassim Soleimani em um bombardeio norte-americano.
Os manifestantes organizaram uma marcha até o aeroporto de Bagdá, local onde ocorreu o ataque com drones determinado pelo governo de Donald Trump.
Fotos de Soleimani e do comandante iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis, morto também no ataque, foram exibidas. Religiosos também acenderam velas e realizaram orações em homenagem aos militares.
O chanceler do Irã, Javad Zarif, também se pronunciou neste domingo, afirmando que a morte de Soleimani foi “um ato covarde de terrorismo dos Estados Unidos”.
“O Irã não descansará até levar os responsáveis à Justiça”, disse.
Na sexta-feira (01/01), o comandante do Exército iraniano Esmail Ghaani afirmou que o país pode vingar a morte de Soleimani “na própria casa dos EUA”.
Ali Alnasravi/Tasnim
Religiosos também acenderam velas e realizaram orações em homenagem aos militares
“Digo francamente que o caminho da Força Quds e das forças de resistência não mudará por causa dos males cometidos pelos Estados Unidos. Mesmo em sua casa [nos EUA] pode haver pessoas que pagarão por este crime”, disse.
No dia 3 de janeiro de 2020, Washington ordenou um ataque aéreo perto do Aeroporto Internacional de Bagdá que causou a morte de Soleimani. Dias depois, o Irã retaliou alvejando duas bases militares norte-americanas no Iraque, onde soldados dos EUA estavam posicionados.