Em uma reunião da Câmara Cívica Russa, nesta sexta-feira (03/11), o presidente da Rússia, Vladimir Putin afirmou que existe algumas autoridades ucranianas criaram um esquema no qual desviam armas enviadas ao país pelos aliados do Ocidente para revendê-las a movimentos islâmicos no Oriente Médio.
Durante coletiva após o evento, o mandatário do país euroasiático respondeu uma pergunta de um jornalista local, sobre a um suposto informe mostrando armas ucranianas usadas por Hamas e Hezbollah em ações recentes.
“É claro que estão aparecendo (armas ucranianas no Oriente Médio), e isso acontece porque elas estão sendo vendidas”.
“O nível de corrupção na Ucrânia é conhecido, e é muito elevado. O mercado negro se desenvolve de tal forma que há muitos interessados em comprar, e na Ucrânia há muitas pessoas que querem vender”.
TASS
Presidente russo comentou sobre suposto esquema de corrupção no governo ucraniano durante evento em Moscou
Putin também deu a entender que uma grande parte das armas vendidas pelas autoridades ucranianas seriam aquelas que estão sendo doadas pelos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com a justificativa de ajudar Kiev a enfrentar a guerra contra a Rússia.
Outro ponto da denúncia do presidente russo tem a ver com um possível envolvimento do grupo Talibã, que controla o Afeganistão desde 2022, e que funcionaria como uma espécie de intermediário, recebendo as armas vendidas pela Ucrânia e repassando aos compradores finais, no Oriente Médio.
A pergunta feita a Putin por um jornalista local se referia especificamente a grupos como Hamas e Hezbollah. Em sua resposta, o líder russo evitou citar nomes, mas validou a alusão do repórter. “Eles (os ucranianos) vendem as armas aos talibãs, e de lá elas vão para qualquer outro lugar”, frisou.
Esta é a segunda vez em poucas semanas que Putin faz uma declaração nesse sentido. Em meados de outubro, o mandatário disse quase a mesma coisa, mas de forma menos assertiva, ao comentar que “não duvido que exista desvio de armas ucranianas para outros países”.
Com informações de Tass.