O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu declarações nesta sexta-feira (15/09), repudiando as críticas por parte de Washington sobre suas reuniões recentes com o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e da Bielorrússia, Alexandr Lukashenko, especialmente a definição de que as estratégias geopolíticas russas seriam uma “ameaça ao mundo democrático”.
Segundo Putin, os Estados Unidos e as “elites dominantes” seriam as maiores ameaças ao planeta na atualidade. O líder russo, porém, não especificou quem ele considera que forma parte dessas “elites”.
“Não queremos gerar uma ameaça para ninguém. A maior ameaça ao mundo hoje é a representada pelos Estados Unidos, e também pelas atuais elites dominantes, que inclusive reconhecem esse papel”, comentou o presidente do país euroasiático, após um novo encontrou com Lukashenko.
O mandatário russo lembrou que “há alguns anos, o ex-secretário de Defesa, creio que o senhor (Robert) Gates, disse que a maior ameaça aos próprios Estados Unidos vem do Capitólio, ou da Casa Branca. Isso é o que eles próprios dizem. Contudo, no discurso para a opinião, preferem apelar a uma suposta uma ameaça externa”.
TASS
Putin deu declarações após novo encontro com homólogo bielorrusso Alexandr Lukashenko
“Os Estados Unidos tentam resolver tudo desde uma posição de força, ou com a ajuda de sanções económicas ou restrições financeiras, ameaçando ou usando a força militar. Tentam ensinar alguém, mas eles próprios não sabem fazer ou simplesmente não querem”, frisou.
Na coletiva, Putin voltou a repudiar a entrega à Ucrânia de bombas de fragmentação por parte do governo norte-americano, lembrando a própria Casa Branca considera o uso desse tipo de armamento como criminoso e que atenta contra os direitos humanos.
“O que vemos aqui é um país dizendo que o uso dessas armas (bombas de fragmentação) é crime, mas permitindo que outros a utilizem. Esse tipo de contradição é o principal problema das relações internacionais na atualidade”, completou o líder do Kremlin.
Com informações de TeleSur.