O Kremlin divulgou nesta segunda-feira (26/12) que o presidente russo Vladimir Putin realizará uma reunião bilateral com seu principal aliado geopolítico, o chinês Xi Jinping, antes do final deste ano.
O comunicado não especifica nem a data nem os temas que serão abordados no encontro, apenas esclarece que este não será presencial, e sim por vídeo conferência.
Vale destacar que os dois mandatários tiveram encontros frequentes durante este ano, alguns deles presenciais, embora o último em que ambos se viram cara a cara foi em setembro passado.
Esse último encontro ocorreu na cidade de Samarcanda, no Uzbequistão, durante a cúpula da Organização de Cooperação de Xangai. Na ocasião, o chefe do Kremlin afirmou que “os laços multifacetados entre os nossos países estão se desenvolvendo ativamente”, e também destacou que o comércio bilateral entre Rússia e China aumentou 35% nos últimos dois anos.
Presidência da Rússia / Wikimedia Commons
Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin
Segundo o porta-voz do governo russo, Dimitri Peskov, “esse contato está sendo preparado há algum tempo. Os detalhes sobre a data e os temas a serem abordados serão publicados posteriormente, junto com nossos amigos chineses”.
O mesmo Peskov descartou a possibilidade de um encontro semelhante com outras lideranças da União Europeia para as próximas semanas.
A declaração foi dada em uma entrevista coletiva minutos após a divulgação do comunicado sobre a reunião entre Putin e Xi, quando os correspondentes internacionais perguntaram sobre as chances de encontros semelhantes do presidente russo com o francês Emmanuel Macron ou o alemão Olaf Scholz, para tratar das medidas coercivas impostas ao seu país pela União Europeia, em resposta ao conflito na Ucrânia.
Também vale recorda que, na semana passada, o ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, viajou a Pequim e se reuniu pessoalmente com Xi, em encontro pautado por “temas relacionados ao fortalecimento da cooperação econômica bilateral”, segundo a imprensa chinesa.