A reportagem exclusiva sobre o questionamento de acionistas à montadora alemã Volkswagen por suas relações com a ditadura brasileira foi o destaque da semana em Opera Mundi. Na reunião anual de prestação de contas da companhia em Hannover, na Alemanha, realizada na terça-feira (13/05), a Associação de Acionistas Críticos confrontou a Volks e também pediu explicações sobre a suposta venda de carros e jatos d’água para repressão a protestos no Rio de Janeiro.
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Durante Passeata dos Cem Mil organizada contra a ditadura, em junho de 1968, manifestantes tombam Kombi no centro do Rio
Em resposta, a Volkswagen afirmou que irá esclarecer sua relação com o regime militar brasileiro caso a Comissão Nacional da Verdade revele provas de que houve violações aos direitos humanos por parte da empresa ou de seus funcionários.
A Índia também esteve em foco durante a semana. Em especial, o colaborador no país abordou a questão da escravidão nas plantações de chá indiadas, em que as condições de vida e trabalho são precárias há mais de um século. Além disso, a indústria do chá condena diversas indianas à escravidão sexual.
Nesta sexta-feira (16/05) foi divulgado o resultado da eleição na Índia, a maior do mundo, com mais de 800 milhões de eleitores. O partido nacionalista hinduísta, de oposição, obteve a maior vitória dos últimos 30 anos, com Narendra Modi, novo primeiro-ministro.
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O quinto episódio da segunda temporada da Aula Pública Opera Mundi foi ao ar nesta semana, com a questão: “o que são as armas de destruição em massa?”. Para Roque Monteleone, ex-comissário da UNMovic (Comissão das Nações Unidas de Vigilância, Verificação e Inspeção), muitos países usam a produção dessas armas como moeda de troca em questões políticas e econômicas.
Na Europa, a Ucrânia viu duas de suas regiões – Donetsk e Lugansk – declararem independência após referendos no último domingo (11). A Rússia, enquanto isso, ameaçou cortar a exportação de gás para a Ucrânia no próximo dia 3 de junho, caso a dívida ucraniana não seja paga. Na sexta, a ONU denunciou violação de direitos humanos no leste do país. Enquanto isso, na Dinamarca, o parlamento criou um desenho animado que apela para o sexo e a violência para convencer os cidadãos a votar nas próximas eleições europeias, em 25/05.
A América do Sul esteve em foco especialmente com a Venezuela, cuja oposição afirmou que o diálogo de paz com o governo está “em crise”. O governo libertou mais de 200 manifestantes que havia prendido na última semana, mas 35 seguem presos. Na Colômbia, as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o ELN (Exército de Liberação Nacional) anunciaram um cessar-fogo unilateral durante as eleições, marcadas para 25 de maio.