Dezenas de milhares de manifestantes concentrados na praça Tahrir, no centro do Cairo, receberam nesta quinta-feira (10/02) com raiva e frustração ao discurso do presidente egípcio, Hosni Mubarak, quem não anunciou sua renúncia do poder, mas apenas reiterou sua decisão de favorecer uma transição pacífica do poder.
A indignação e até mesmo lágrimas sucederam o silêncio que predominou durante toda a mensagem do líder, retransmitido por uma grande tela instalada na praça, epicentro da revolta popular que começou em 25 de janeiro.
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Emissoras de televisão afirmaram que, logo após o anúncio de Mubarak, os manifestantes levantaram seus sapatos no ar, em um ato de desaprovação. Na cultura muçulmana, atirar um sapato contra alguém é um insulto grave.
A rede do Catar Al Jazeera disse que parte dos que estão na praça Tahrir começou a se direcionar até o Parlamento, na tentativa de pressionar pela saída de Mubarak.
Outros, ainda, pediram a convocação de uma greve gral e dirigindo-se ao exército, que mobilizou grande número de tropas no entorno do local do protesto, demandou: “Exército egípcio, o momento da escolha é agora, o regime ou o povo!”.
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