O presidente da França, Emmanuel Macron, fez um pronunciamento à nação nesta quarta-feira (22/03) sobre a reforma da previdência e a derrota das moções de desconfiança ao governo e ressaltou que a mudança “seguirá seu caminho”.
“Precisamos andar adiante, a reforma está no interesse superior da nação”, disse ainda, enquanto manifestantes protestam contra a decisão do governo em todo o país.
O presidente francês ainda questionou a população “vocês acham que eu gosto dessa reforma? A resposta é não. Poderia ter colocado o problema embaixo do tapete, como muitos antes de mim fizeram. Mas a reforma não é um luxo, é necessária para voltar a dar equilíbrio para o sistema”, acrescentou.
Sobre as manifestações ocorridas nos últimos dias, especialmente desde que a premiê Elisabeth Borne anunciou a ativação de uma cláusula constitucional que aprovava a reforma sem passar pela análise tradicional do Parlamento, Macron disse que as “respeita”, mas condenou a violência.
Flickr/Présidence de la République du Bénin
Presidente francês ainda afirmou que "vai retomar discussões com parceiros sociais" nas ´próximas semanas
“Quando os sindicatos se manifestam, eles têm a legitimidade, quando organizam os cortejos, que são contrários a essa reforma, eu os respeito. Mas, não podemos aceitar a violência”, pontuou.
Durante seu pronunciamento, o presidente ainda afirmou que “vai retomar as discussões com os parceiros sociais” e que isso será feito “nas próximas semanas”. Além disso, prometeu que o governo “vai agir para um retomo à normalidade” e que “não tolerará nenhum excesso”.
A reforma da previdência de Macron adia a idade de aposentadoria dos 62 para os 64 anos até 2030 e antecipa para 2027 a exigência de contribuição por 43 anos – ante 42 atualmente – para receber a aposentadoria de forma integral.
(*) Com Ansa