O rei Alberto II da Bélgica solicitou ao senador socialista Johan Vande Lanotte nesta terça-feira (11/1) que permaneça no papel de mediador da crise política do país, rejeitando assim o pedido de renúncia do político feito na semana passada.
O monarca pediu ao senador que mantenha os esforços de tirar a Bélgica da crise política “o mais rápido possível”, a fim de não prejudicar ainda mais a economia nacional. Lanotte havia apresentado sua renúncia como mediador político na quinta-feira da semana passada (6/1), diante do fracasso em conseguir o consenso dos sete principais partidos para uma reforma do Estado, primeiro passo para um governo de coalizão, o que não se consegue há 211 dias.
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Em busca de soluções, o rei havia nomeado em ocasiões anteriores o governante dos socialistas francófonos, Elio di Rupo, e o dos flamengos nacionalistas do N-VA, Bart De Wever, para colaborar nas negociações.
O rei pediu a Lanotte que “tome toda iniciativa útil” para encontrar a base do consenso e que se aproveite do “diálogo privilegiado” com os presidentes dos dois grandes partidos, segundo um comunicado do Palácio Real belga. Dessa forma, para o monarca, “o bem-estar de todos os cidadãos do país poderá ser preservado”.
A demora na formação de um novo governo está irritando os mercados financeiros e os investidores, que começam a perder a paciência com o bloqueio político. A impaciência pela falta de governo também chegou à internet, onde cresce o apoio entre ativistas à iniciativa de organizar protestos contra os políticos no próximo dia 23, convocação lançada pelo website Shame (“vergonha”, em inglês).
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