O ministro britânico da Justiça, Dominic Raab, foi acusado de assediar sua equipe, alegações que vieram à tona neste sábado (12/11) e colocam em xeque as escolhas do primeiro-ministro Rishi Sunak, depois que outro membro do gabinete renunciou, esta semana, por razões similares.
Sunak e seu governo conservador tomaram posse há menos de três semanas e dois ministros já foram acusados de assédio. Dessa vez, foi o ministro da Justiça e vice-primeiro-ministro, Dominic Raab.
O jornal The Guardian informou, na noite de sexta-feira (11/11), que uma “saída” foi proposta aos funcionários do ministério, já que alguns temiam trabalhar novamente com Raab. Ele foi ministro da Justiça no governo de Boris Johnson, entre setembro de 2021 e setembro de 2022.
Segundo o jornal britânico, funcionários do ministério descreveram uma “cultura do medo”, em um serviço dirigido por um homem “mal-educado” e “agressivo”. O jornal informa que sua nova nomeação para o cargo é fonte de angústia para muitos funcionários. Alguns cogitaram, inclusive, pedir demissão.
O tablóide The Sun revelou que durante um ataque de ravia, Raab jogou tomates em uma reunião, o que seu porta-voz classificou como “absurdo”, afirmando que “Dominic trabalha duro e espera muito de sua equipe e de si mesmo”.
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Ministro britânico da Justiça, Dominic Raab, foi acusado de assediar sua equipe; caso põe mais pressão sobre novo premiê, Rishi Sunak
Trabalhistas pedem explicações
Essas acusações levam a questionamentos sobre as escolhas da equipe de Rishi Sunak ao nomear a sua equipe de governo, com a oposição trabalhista pedindo ao primeiro-ministro que dê explicações. A vice-líder trabalhista, Angela Rayner, pediu uma investigação “urgente e independente”.
Na noite de terça-feira, o ministro britânico sem pasta Gavin Williamson anunciou a sua renúncia após acusações de assédio. Rishi Sunak denunciou um “comportamento reprovável e inaceitável”, mas garantiu que não estava ciente de tais “preocupações” ao nomeá-lo.