Mesmo possuindo normas alfandegárias e moeda diferentes do restante do continente, o Reino Unido não conseguiu se distanciar do cenário recessivo que se estende por toda a Europa. Em anúncio oficial no parlamento britânico, o ministro da economia, George Osborne, corrigiu para valores mais modestos as expectativas do governo: segundo informações da BBC, em 2011, o crescimento que seria de 1,7% passa à marca de 0,9% e, no ano que vem, reduz ainda mais chegando aos 0,7%.
Osborne ainda abordará os detalhes de um plano de crescimento para o país, mas adianta que Downing Street busca incentivar o investimento de 30 bilhões de libras oriundas de fundos de pensão em obras de infra-estrutura ao longo dos próximos dez anos. Também são visados um bilhão em subsídios de postos de trabalho para jovens e outros 40 bilhões em garantias de empréstimos concedidos a microempresários.
Em outubro, durante o fórum dos líderes da União Europeia, o premiê britânico David Cameron foi advertido pelo presidente francês Nicolas Sarkozy, que afirmou, em nome dos demais membros do grupo, estar “cansado” das “críticas” e “interferências” de alguém que diz “odiar o euro”. Agora, seu país vive uma conjuntura de enfraquecimento econômico semelhante à de seus vizinhos e seu governo é acusado de cortar gastos em um setor para investir em outro: os conservadores estão “roubando o Peter para pagar o Paul”.
Durante o governo Lula, no ano de 2005, o Brasil implementou medidas semelhantes às que o Reino Unido pretende colocar em prática. O PNMPO – Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado – buscava promover a geração de postos de trabalho e incrementar a renda de pequenos produtores por meio da oferta de empréstimos.
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