Um relatório da comissão sobre denúncias de abusos sexuais por parte de religiosos na Bélgica, cujas conclusões foram apresentadas hoje, (10/9) revela que 13 das vítimas suicidaram-se.
Apresentado pelo psiquiatra Peter Adriaenssens, o relatório detalha que a comissão responsável pela investigação dos abusos cometidos na Bélgica da década de 1960 até meados da de 1980, recebeu ao menos 475 denúncias de pedofilia.
Leia mais:
Candidaturas de padres geram polêmicas no Paraguai
Proibição de referendo sobre uniões gays divide a Costa Rica
Conferência episcopal dos EUA quer ensinar crianças a prevenir abusos
Vítimas de pedofilia contam rotina de medo sob o rigor da Igreja na Irlanda
Na apresentação do documento, Adriaenssens denunciou as “pressões” e a lei do silêncio que imperou durante décadas no seio da igreja belga sobre o assunto. O documento, que contém os testemunhos anônimos de 124 “sobreviventes” – termo utilizado pela própria comissão -, destaca que os abusos sexuais da maioria das vítimas aconteceu aos 12 anos, mas também existem casos de crianças vitimadas dos dois aos sete anos.
A descrição das vítimas sobre os autores dos abusos geralmente é imprecisa, já que passaram muitos anos desde os crimes, mas depois das verificações pertinentes a comissão determinó que 102 eram membros de uma congregação religiosa. “É possível afirmar que nenhuma congregação fica à margem dos abusos sexuais de menores por parte de um ou vários de seus membros”, destaca o relatório. Dois terços dos denunciantes são homens.
*Com Agência Efe
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL