Quinta-feira, 10 de julho de 2025
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A jornalista palestino-americana Shireen Abu Akleh, da Al-Jazeera, foi morta por um soldado de Israel enquanto fazia a cobertura jornalística de uma ofensiva do Exército israelense na Cisjordânia ocupada, no último dia 11 de maio.

A informação foi confirmada pelo procurador-geral da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Akhram al-Khatib, citado pela agência de notícias Maan. “A bala que matou a jornalista continha um fragmento de aço que perfurou sua proteção”, disse ele durante coletiva de imprensa para ilustrar os resultados da investigação.

O promotor explicou que “as forças de ocupação dispararam contra jornalistas, incluindo Abu Akleh, sem aviso prévio, mirando diretamente no local onde estavam”. A ação foi registrada por vídeos, que foram alvos de perícia. 

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Ela, por sua vez, morreu em decorrência de um “ferimento na cabeça”, acrescentou al-Khatib.

Investigação conclui que soldados israelenses 'tinham uma visão clara e direta' de onde se encontrava Shireen Abu Akleh, que vestia um colete de imprensa

Wikicommons

Manifestantes carregam imagens de Abu Akleh durante um protesto por seu assassinato

Segundo ele, os soldados israelenses “tinham uma visão clara e direta de onde se encontravam os jornalistas em Jenin, e que todos eles usavam coletes com a inscrição ‘Imprensa'”.

Abu Aklen, de 51 anos de idade, foi assassinada durante a operação das tropas de Israel e seu enterro foi marcado pela violência das forças de segurança israelenses em Jerusalém. 

Após as declarações do promotor palestino, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, rebateu as informações e lembrou que as autoridades israelenses lançaram sua própria investigação.

“Qualquer alegação de que o exército israelense alveja intencionalmente jornalistas ou quem não está envolvido é uma mentira grosseira e descarada”, disse. 

(*) Com Ansa.