Após 19 pessoas terem morrido por beber vodca e rum falsificados com metanol, a República Tcheca decidiu nesta sexta-feira (14/09) proibir por tempo indeterminado as vendas de quaisquer bebidas com teor alcoólico igual ou superior a 20%.
Na quarta-feira (12/09), momentos após o surgimento dos primeiros casos, o Ministério da Saúde já havia proibido a venda de destilados por ambulantes como meio de combater o comércio de bebidas alcoólicas falsificadas.
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Autoridades demoraram uma semana para encontrar as razões deste que é o maior surto de mortes por consumo de álcool em décadas. O argumento de representantes do governo e da indústria é de que a venda ilegal de bebidas alcoólicas esteja em alta no país, chegando a representar de 10 a 20% do mercado do setor.
O ministro da Saúde, Leos Heger, fez um pronunciamento pela TV e anunciou que “operadores de comércio de bebidas e alimentos estão proibidos de vender bebidas com teor alcoólico de 20% ou mais até nova notificação”.
Célebre por seu flexível comércio de álcool, essa é a primeira vez que o país proíbe o a venda de bebidas com alto teor da substância. Na República Tcheca, assim como em muitos de seus vizinhos, há vários quiosques pelas ruas vendendo doses de uísques, vodcas e runs junto com comida fast-food.
Segundo representantes da indústria de bebidas alcóolicas do país, a elevação da venda de itens falsificados seria uma consequência direta da crise econômica na Zona do Euro, que estaria obrigando pequenos estabelecimentos a oferecer bebidas mais baratas.
Em apenas uma destilaria ilegal, na cidade de Zlin, foram apreendidos cinco mil litros de álcool com altas concentrações de metanol, a substância que é utilizada, por exemplo, como combustível de alguns carros de corrida.