O movimento de resistência palestina Hamas iniciou neste sábado (07/10) uma ampla operação militar contra territórios que pertenciam à Palestina, mas que foram ocupados por colonos israelenses nos últimos anos.

A ofensiva é liderada pelo comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, que aparece em um vídeo difundido nas redes sociais dizendo que o lançamento de 5 mil foguetes contra o território ocupado é “apenas o começo de uma nova estratégia do movimento na luta contra a opressão israelense”.

Deif também explicou que o ataque deste sábado, um dos maiores realizados pelo movimento nos últimos anos, foi denominado “Batalha do Dilúvio de Al-Aqsa contra Israel”.

Outro líder do Hamas que apareceu na transmissão foi Cheikh Saleh al-Arouri, considerado como a segunda maior autoridade do grupo na atualidade. Em sua intervenção, al-Arouri disse que “todos (os integrantes do Hamas) devem travar esta batalha, especialmente os combatentes da resistência na Cisjordânia”.

“Queremos fazer um chamado à toda a nação árabe e islâmica para que participe na Batalha de Al-Aqsa”, disse o chefe militar palestino.

Segundo os meios de comunicação israelenses, o bombardeio palestino produziu ao menos 22 vítimas fatais e mais de 250 pessoas feridas. Também há relatos de que quatro soldados israelenses teriam sido capturados por integrantes do Hamas e estão sendo mantidos como prisioneiros.

Por sua parte, o governo de Israel emitiu um comunicado no qual informa que foi declarado “estado de guerra” após o início da ofensiva do Hamas. Horas depois, Tel Aviv iniciou um bombardeio a alvos na Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pronunciamento em rede nacional para dizer que “estamos em guerra e venceremos (…) o inimigo pagará um preço que nunca imaginou”.

O líder israelense também pediu aos cidadãos que sigam as instruções de segurança que passarão a ser difundidas pelo Ministério da Defesa através dos meios oficiais.