A cidade de Washington, capital dos Estados Unidos, sediou nesta terça-feira (16/04) uma reunião entre representantes do governo norte-americano e do governo de Cuba.
Inicialmente, o encontro tinha como objetivo discutir mudanças nas relações entre os países no âmbito das questões migratórias. No entanto, os representantes cubanos aproveitaram o evento para reforçar o pedido ao governo norte-americano para que o país seja retirado da lista de “patrocinadores do terrorismo”.
“Foi muito importante reiterar o impacto que o bloqueio econômico e a presença de Cuba na lista acaba exercendo na vida da população cubana, como motivador do impulso migratório, e até mesmo no próprio tratamento dado aos imigrantes cubanos” afirmou o vice-chanceler de Cuba, Carlos Fernández de Cossío.
A delegação cubana também considerou que houve “uma discussão franca” com a representação dos Estados Unidos, liderada por Eric Jacobstein, que é vice-subsecretário de Estado do Bureau de Assuntos do Hemisfério Ocidental. Os representantes do governo norte-americano se negaram a conversar sobre os temas relativos às sanções impostas a Cuba.
“Não podemos dizer que concordamos exatamente com tudo o que discutimos, mas tivemos a oportunidade de fazer propostas baseadas em como acreditamos que os acordos serão cumpridos”.
Durante a reunião, a delegação norte-americana aceitou o pedido cubano para restabelecer o processamento de vistos de não imigrantes na Embaixada dos Estados Unidos em Havana, com o objetivo de evitar que os cidadãos cubanos que solicitem a entrada em território norte-americano terminem sendo levados a terceiros países devido às restrições ainda vigentes entre os dois países.
Fernández de Cossío acrescentou que ainda há temas nos quais ambos se precisa avançar, “para garantir que a migração entre os dois países seja segura, regular e ordenada”.
Com informações de TeleSur.