O Ministério da Defesa da Rússia anunciou na segunda-feira (19/12) a realização de um exercício naval conjunto com a China, em uma região entre o Mar da China Oriental e o Oceano Pacífico.
O evento batizado como “Cooperação Marítima 2022” ocorrerá entre os dias 21 e 27 de dezembro. A atividade chama a atenção pelo momento em que é anunciada, com Rússia e China sendo ameaçados por movimentos do Ocidente.
No caso dos conflitos na região específica do Pacífico, os Estados Unidos têm feito gestos em apoio à independência da ilha de Taiwan, além de fomentar movimentos anti-China dos governos do Japão e da Coreia do Sul. Já a Rússia enfrenta um conflito armado por terra com a Ucrânia, que tem os Estados Unidos como seu principal aliado.
O Kremlin também informou que um destacamento de navios de guerra da Frota do Pacífico partiu de Vladivostok neste fim de semana para realizar os exercícios.
O comunicado de Moscou assegurou que o objetivo do exercício é fortalecer a cooperação naval entre a Rússia e a China, bem como “manter a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico”.
Vitaly Anikov / Sputnik
Navios de guerra russos ancorados no porto de Vladivostok
A partir disso, a representação russa é composta pelo cruzador antinavio Varyag, a fragata Marechal Shaposhnikov e as corvetas Aldar Tsydenzhapov e Sovershenny, além de aviões e helicópteros.
Por sua vez, o Exército de Libertação do Povo Chinês contará com dois contratorpedeiros, dois navios patrulha, um navio polivalente de apoio logístico, bem como um submarino a diesel.
O Ministério da Defesa da Rússia detalhou algumas atividades do programa, como o disparo conjunto de mísseis e artilharia, além do uso prático de armas durante o treinamento de guerra anti-submarino.
Segundo o site russo Sputnik News, os primeiros exercícios navais entre as forças navais russas e chinesas aconteceu em agosto de 2005, no âmbito do exercício militar conjunto da Organização de Cooperação de Xangai.