Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, se reuniram nesta terça-feira (22/11), em Moscou, em encontro marcado pela consolidação de um novo acordo bilateral, no qual o país europeu promete colaborar mais com o desenvolvimento de um dos seus principais aliados latino-americanos.
Segundo o canal RT, Putin assegurou que a Rússia tem “todo um plano de cooperação mútua com Cuba, com um grande número de projetos em comum que serão realizados entre 2023 e 2030”.
O mandatário russo também comentou que a reunião com seu colega cubano foi “uma oportunidade maravilhosa para analisar tudo o que já foi feito, o que ainda precisa ser realizado e como pode ser realizado, diante das complexidades do cenário atual”.
Na entrevista coletiva após o encontro, Putin lembrou o seu convidado que “você sabe que a União Soviética e a Rússia sempre, e hoje também, apoiaram e apoiam o povo cubano em sua luta pela independência, soberania. Sempre nos opusemos a restrições de todos os tipos, embargos, bloqueios, etc., e temos sempre apoiou Cuba nas plataformas internacionais. Vemos que Cuba mantém a mesma posição em relação ao nosso país”, disse o presidente russo, ecoando a tradição de amizade “iniciada pelo camarada Fidel Castro”.
Mikhail Metzel / TASS
Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e de Cuba, Miguel Díaz-Canel, durante encontro em Moscou
Por sua parte, Díaz-Canel destacou o fato de que “ambas as nações, tanto Rússia quanto Cuba, estão sujeitas a sanções injustas e arbitrárias, que procedem e têm origem no mesmo inimigo, o império ianque, que manipulou uma parte importante do mundo para instaurar essas políticas”.
“O mundo tem que acordar, não pode aceitar passivamente que sejam impostas regras que destroem um país. Quem impõe essas regras? Quem cria as regras que eles próprios (Estados Unidos) violam?”, questionou o mandatário cubano.
Díaz-Canel chegou à capital russa no fim de semana, no que foi a segunda parada de sua viagem internacional – na semana passada, o presidente cubano esteve na Argélia.
Os próximos dois destinos do itinerário de Díaz-Canel são a Turquia, onde se encontrará com o presidente Recep Tayyip Erdogan, e a China, onde será recebido pelas autoridades de Pequim e seu mandatário, Xi Jinping.