Autoridades russas anunciaram neste sábado (07/03) que foram detidos dois suspeitos pelo assassinato de Boris Nemtsov, opositor baleado com quatro tiros no dia 27 de fevereiro, nos arredores do Kremlin.
De acordo com integrantes do FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia, a antiga KGB), os detidos foram identificados como Anzor Gubashev e Zaur Dadayev. Ambos vêm do sul do país, na região Cáucaso Norte. Os investigadores afirmam que os suspeitos estariam envolvidos tanto no planejamento, quanto na execução do crime.
Agência Efe
Líder opositor que tencionava com o presidente Vladimir Putin, Boris Nemtsov foi morto com quatro tiros no dia 27 de fevereiro
“Por ordem do presidente, o FSB, o Ministério do Interior e o Comitê de Instrução criaram uma equipe operacional conjunta para investigar o assassinato de Boris Nemtsov”, ressaltou Aleksandr Bortnikov, chefe do FSB.
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Fonte citada pela agência de notícias russa Interfax afirma que Nemtsov morreu logo após receber os quatro tiros nas costas, por volta das 0h de 27 de fevereiro, em uma ponte próxima ao Kremein. Além disso, a descoberta do carro de fuga dos criminosos teria sido a pista responsável por permitir, a partir de material encontrado no interior do veículo, a localização dos suspeitos.
Mentores do crime
Por sua vez, o chefe do Comitê de Direitos Humanos do Kremlin, Mikhail Fedotov, afirmou que, além de prender os autores do crime, é preciso encontrar os mentores do assassinato.
Nesta semana, o presidente russo exigiu ao Ministério do Interior prevenir crimes políticos como este. “É preciso livrarmos de uma vez por todas a Rússia da vergonha e de tragédias como a que vimos e sofremos recentemente”, disse.
Testemunha principal
Principal testemunha do caso, a jovem ucraniana que acompanhava Nemtsov quando ele foi morto nega que tivesse visto os assassinos. “Não sei de onde veio o assassino. Não o vi, já que tudo aconteceu atrás de mim”, alegou.
Os correligionários de Nemtsov acusam o Kremlin não de ter apertado o gatilho, nem sequer de encomendar o assassinato, mas de criar o ambiente para o crime ao plantar a “semente do ódio” contra os que criticam a anexação da Crimeia e se opõem à ingerência militar na Ucrânia.
(*) Com informações da Agência Efe