A Ucrânia denunciou nesta sexta-feira (07/11) a entrada de tanques, blindados, canhões e tropas vindos da Rússia na região ucraniana de Lugansk, cuja fronteira está sob controle dos separatistas pró-Moscou. O governo russo, no entanto, negou a acusação e pediu que Kiev cumpra o acordo de paz firmado em Minsk.
“Por enquanto não podemos falar de uma ofensiva aberta, mas detectamos o movimento de uma coluna com 32 tanques, 16 obuses D-30 e 30 caminhões Kamaz com soldados, do território russo para a cidade de Krasni Luch, na região de Lugansk”, disse Andrei Lisenko, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia.
Agência Efe
Confrontos com bombardeios foram retomados em Donetsk nesta quinta-feira
Segundo Lisenko, no entanto, as tropas ucranianas ainda seriam de maior número na região.
A resposta russa foi dada por Yury Ushakov, conselheiro do presidente Vladimir Putin. “Chamamos as partes a cumprir o acordo de Minsk e fazer novas reuniões em nome do avanço das negociações pelo fim do conflito”, afirmou Ushakov, que também pediu que Kiev pare de fazer “falsas acusações”.
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O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, alertou hoje durante uma conversa telefônica com a chanceler alemã, Angela Merkel, que os tratados de Minsk de cessar-fogo estão ameaçados.
Poroshenko “constatou um retrocesso significativo no cumprimento dos acordos de Minsk, o que leva a uma maior escalada do conflito” no leste do país, informou a presidência ucraniana.
As forças leais a Kiev e os milicianos separatistas retomaram ontem os combates, em particular em torno da cidade de Donetsk, apesar do cessar-fogo em vigor no leste da Ucrânia desde 5 de setembro. Cerca de 400 pessoas morreram nas regiões de Donetsk e Lugansk desde o acordo de paz.