Agência Efe
Juan Manuel Santos defendeu sua política de restituição de terras, alvo de críticas das FARC durante o diálogo de paz
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, fez nesta sexta-feira (19/10) suas primeiras declarações sobre a mesa de negociações pela paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia), realizadas em Oslo (Noruega).
Santos concentrou seu discurso em críticas a Iván Márquez, chefe da equipe negociadora da guerrilha, em relação ao processo de restituição de terras no país. Em entrevista conjunta entre representantes do governo e das FARC, nesta quinta-feira (18/10), a questão agrária foi colocada como a primeira a ser resolvida pelos dois lados. Márquez, no entanto, demonstrou insatisfação com a proposta do governo, que priorizava “os vagabundos das multinacionais.”
“Estamos devolvendo as terras aos camponeses, não importa de onde venham os responsáveis, das guerrilhas ou de grupos paramilitares”, afirmou Santos no programa “Em linha com o presidente”.
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Apesar das críticas, o mandatário disse que “não deu muita bola” para as declarações de Márquez. “São manifestações políticas. Quando esses senhores das FARC dizem que a lei [de restituição de terras] é mentira, é porque estamos retirando as suas bandeiras de propaganda.”
Ataque
Na mesa de negociações de Oslo, o governo colombiano não aceitou a proposta das FARC de formalizar um cessar-fogo imediato. Até o final do diálogo, assim, os dois lados continuarão com suas operações.
Um exemplo disso ocorreu nesta sexta-feira. O exército e a Força Aérea colombianos atacaram um acampamento guerrilheiro em Bahia Solano. De acordo com a versão oficial, o local servia de ponto de embarque de cocaína para outros países em pequenas embarcações.