Após se reunir com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, afirmou que desde o início de sua gestão espera que as Forças Armadas da Venezuela apoiem o deputado de direita autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó, e que seria “fantástico” se isso ocorresse.
“Nós achamos que a posição dos militares venezuelanos é um tema fundamental dentro da situação política da Venezuela e desde o começo do processo já mencionamos […] a expectativa de que os militares venezuelanos, patrioticamente, manifestem sua adesão ao que nós consideramos o governo legítimo. Se isso acontecer será fantástico”, disse o chanceler.
Araújo ainda disse que uma tomada de poder à força pelos militares “teria que ser ver”, uma vez que “o objetivo de todos é a transição democrática”, e que se um golpe militar “se materializar, teríamos que ver”.
“A Venezuela é uma situação muito volátil, então é importante estar conversando permanentemente sobre isso. Há esse fato novo, a mobilização convocada para 1º de maio, há expectativa sobre isso. Não mudou o central: o nosso compromisso pelo fim do regime Maduro”, disse se referindo a uma marcha convocada por grupos de oposição ao governo venezuelano ligados a Guaidó. Movimentos sociais e partidos políticos que apoiam o governo também sairão às ruas na data.
O chanceler ainda afirmou que Brasília continuará a seguir o exemplo dos EUA com a pressão diplomática, apoiando Guaidó e as sanções.
Wikicommons
Araújo ainda disse que uma tomada de poder à força pelos militares ‘teria que ser ver’