O ministro da Economia chileno, Pablo Longueira, declarou nesta quinta-feira (25/08) que “se não pudesse pagar a educação de seus filhos, também estaria marchando” nos protestos estudantis contra a mercantilização do ensino no Chile.
Longueira criticou a greve de 48 horas convocada pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em apoio às manifestações estudantis e contra o sistema político e econômico chilenos. Ele chamou a greve de “inútil” e “desnecessária”, além de dizer “que não terá benefício para o país”.
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O ministro chileno disse que as marchas dos trabalhadores trazem consequências danosas não apenas no âmbito econômico, mas “um custo de imagem do país”.
A greve dos trabalhadores chilenos entrou nesta quinta-feira em seu segundo dia.
Milhares de pessoas protestaram, alguns com dança e música. Pela primeira vez, foram vistos líderes e dirigentes de forças políticas de oposição dentro da mesma manifestação.
A polícia chegou a bloquear o acesso dos manifestantes ao La Moneda, palácio do governo, e o protesto se concentrou a quatro quadras do local, onde as pessoas sentaram na calçada em sinal de paz. Segundo o porta-voz do governo chileno, Andrés Chadwick, a marcha convocada pela CUT foi pacífica, apesar de alguns incidentes isolados.
Fontes oficiais calculam que cerca de 9,1% dos trabalhadores chilenos aderiram à paralisação, enquanto a Associação Nacional dos Funcionários Públicos afirmou que mais de 80% dos trabalhadores do setor participaram da mobilização.
Para o presidente do Colégio de Professores, entidade representativa da categoria docente no Chile, Jaime Gajardo, “este movimento deu um novo salto na qualidade de suas reivindicações políticas e na massividade com que as manifesta”.
A presidente da Confederação de Estudantes do Chile, Camila Vallejo, informou que os movimentos já estão pensando em novas convocatórias de protestos enquanto não há uma resposta do governo às reivindicações.
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