Militares que faziam a segurança do presidente mexicano, Felipe Calderón, forneceram documentos pessoais do político ao narcotráfico, segundo advertiu o então embaixador dos Estados Unidos Tony Garza, em janeiro de 2009.
A informação foi divulgada pelo site Wikileaks ao jornal La Jornada. O documento secreto sustenta que Garza escreveu que “o histórico médico do presidente Calderón foi entregue a um cartel de narcotráfico por um integrante corrupto do primeiro círculo” da segurança presidencial.
A revelação faz parte dos três mil documentos que o Wikileaks entregou ao diário mexicano para sua difusão e que têm sido publicados desde o dia 10 de fevereiro.
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Nos comunicados, Tony Garza assinalou que o major Arturo González, “segundo no comando da segurança pessoal do presidente”, era informante do cartel Beltrán Leyva desde 2005 e que fornecia aos narcotraficantes “informação limitada sobre as atividades e planos de viagem do presidente Calderón”.
Essas informações, de acordo com Garza, “eram usadas para evitar a segurança em torno do presidente, não para fazê-lo alvo de atentado”.
González foi preso em 26 de dezembro de 2008 na chamada “Operação Limpeza”, e sua detenção foi a primeira de um militar da alta hierarquia no país.
“A revelação de que González estava fornecendo informação e materiais ao cartel de Arturo Beltrán Leyva representa um golpe duplo para o governo do México”, escreveu o embaixador Garza em um despacho destinado ao Departamento de Estado de Washington.
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