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Israelenses e Palestinos não conseguiram chegar a um acordo sobre a trégua na troca de agressões e, após uma noite de sucessivos bombardeios sobre Gaza, a pressão de organismos e autoridades internacionais se intensificou.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, viajou nesta quarta-feira (21/11) para Ramala, onde se reuniu com o presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, e outras lideranças locais para debater as condições necessárias a um cessar-fogo temporário. Mais tarde, partiu para o Cairo, no Egito, onde voltou a se encontrar membros da diplomacia israelense.
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Desde a noite da última segunda-feira (19/11), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, também visita Israel, Gaza e o Egito, país que assumiu o posto de mediador das negociações de paz.
Representantes do grupo de resistência Hamas alegavam a agências de notícias que a trégua nas agressões seria anunciada pelas partes ainda na noite desta terça-feira (20/11). No entanto, Israel negou logo em seguida a existência de qualquer acordo e informou ainda que discordou dos termos propostos pelo grupo em um documento.
Entre as principais demandas de Israel que supostamente não eram contempladas pela proposta de acordo dos palestinos está o total cessar-fogo de Gaza e a ratificação esforços internacionais para prevenir que grupos de resistência “voltem a se armar”. O Hamas, por sua vez, pediu o fim dos ataques a civis e a revogação do bloqueio israelense sobre o território palestino.
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Os bombardeios prosseguem e o número de vítimas aumenta. Oito dias após o início da operação Pilar Defensivo (que eclode com a morte do até então líder militar do Hamas, Ahmed Jabari) já foram contabilizados 136 palestinos e 5 israelenses mortos.
Em nota, o Exército de Israel disse ter “atingido precisamente um centro de operações do Hamas” localizado no sétimo andar de um edifício que abrigava redações de veículos jornalísticos. O Ministério da Defesa também alega ter destruídos mais de 100 “postos terroristas” em apenas uma noite.
À emissora britânica BBC, o porta-voz do governo israelense, Mark Regev, disse que “não tem dúvidas de o Hamas ficaria mais do que feliz com uma trégua, já que teria tempo de se rearmar e conseguir mais mísseis para lançar contra Israel”.
A imprensa israelense indica que o acordo de trégua gera divergências dentro do gabinete do primeiro-ministro. Enquanto Benjamin Netanyahu e seu chanceler, Avigdor Lieberman, estariam firmes na decisão de rejeitar o acordo concebido com o respaldo do Egito, o ministro da Defesa Ehud Barak teria se posicionado em favor do documento rejeitado nesta terça-feira (20/11).