O Senado dos Estados Unidos aprovou na madrugada desta terça-feira (1/1) um acordo negociado entre a Casa Branca e os republicanos para tirar o país do “abismo fiscal” no qual entrou, pelo menos tecnicamente, com a chegada de 2013.
Agência Efe
O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, foi um dos principais negociadores do acordo que evita o abismo fiscal
A aprovação, com 89 votos a favor e 8 contra, passa a decisão à Câmara dos Deputados, cuja sessão está programada para as 15h de Brasília, e onde a maioria republicana deverá demonstrar mais resistência ao pacto.
O acordo, negociado nas últimas horas de 2012, mantém o valor dos impostos para os cidadãos com rendas anuais de menos de US$ 400 mil e casais que ganham até US$ 450 mil.
Acima desse valor, a taxa do imposto sobre a renda subiria dos 35% atuais a um máximo de 39,6%, o que representaria a primeira alta de impostos nos EUA em duas décadas. Além disso, os cortes de US$ 24 bilhões para o Pentágono e programas sociais seriam adiados em dois meses.
No entanto, a fórmula final depende da Câmara dos Deputados, que poderá emendar o acordo elaborado no Senado.
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No último dia do ano, democratas e republicanos permaneceram longas horas em negociação. Durante a tarde, o presidente Barack Obama criticou o possível acordo ao lamentar que o problema do deficit teria que ser resolvido em “alguns passos”. Líderes do Partido Republicano ficaram insatisfeitos com as declarações de Obama, o que atrasou o pacto.
Nesta terça-feira vence no país uma série de isenções fiscais que datam de 2001 e 2003 e foram promulgadas pelo governo do então presidente George W. Bush (2000-2008).
A falta de um acordo no Congresso até o final de 2012 significa que, tecnicamente, nesta madrugada subiram os impostos para todos os norte-americanos e que o governo terá que cortar cerca de US$ 607 bilhões em seu orçamento. No entanto, é possível que o Legislativo aprove hoje uma medida que anule os efeitos do abismo fiscal com caráter retroativo.
(*) com agências internacionais