Senadores paraguaios reafirmaram serem contra o ingresso da Venezuela como membro pleno do Mercosul, ao comentarem a decisão da Justiça de Caracas, que ordenou ontem (26) a prisão do presidente do canal de TV Globovisión, Guillermo Zuloaga.
A entrada da nação governada pelo presidente Hugo Chávez no bloco regional depende somente do parecer do Legislativo paraguaio, já que os congressos dos outros membros do grupo – Brasil, Argentina e Uruguai – já deram seu aval.
Ontem, o senador Justo Cárdenas, do Partido Colorado (de oposição), afirmou que a detenção de Zuloaga e as acusações que pesam sobre ele “dificultam muito mais a entrada da Venezuela no Mercosul”.
O presidente da Globovisión foi retido ao tentar deixar o país em direção a Bonaire, ilha das Antilhas Holandesas. Ele é acusado de ter criticado Chávez durante uma assembleia da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol). Segundo a procuradora Luisa Ortega, a ordem de prisão foi emitida para evitar que ele tente “fugir”.
No Paraguai, o presidente do Congresso, senador Miguel Carrizosa, do opositor Partido Pátria Querida (PPQ), reiterou suas acusações contra Chávez, a quem classifica de “ditador”. “Por isso, dizemos não à entrada da Venezuela no Mercosul”, enfatizou o parlamentar, que assegurou que manterá sua oposição enquanto estiver à frente da casa.
No ano passado, o presidente paraguaio, Fernando Lugo, retirou a matéria da pauta de votações do Congresso, com receio de que a oposição conseguisse reunir votos suficientes para barrar o ingresso da Venezuela.
Em dezembro de 2009, o Brasil foi o terceiro a aprovar a entrada do país vizinho no bloco regional, deixando a decisão final para o Paraguai.
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