No sétimo dia de conflito na região de Gaza, a negociação de um cessar-fogo entre israelenses e palestinos, intermediada pelo Egito, ainda não foi concluída. Durante a tarde desta terça-feira (20/11), havia a expectativa de que as duas partes suspendessem suas operações militares, o que não ocorreu.
Agência Efe
Em sete dias de conflitos, já foram confirmadas as mortes de ao menos 130 palestinos e 5 israelenses
O presidente egípcio, Mohammed Mursi, havia assegurado que “a farsa da agressão israelense contra Gaza terminará hoje” e que “resultados positivos seriam divulgados nas próximas horas”. Mais tarde, porém, o governo do Egito disse que não haveria qualquer anúncio nesta terça-feira.
Além de Mursi, o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, também confirmou que um cessar-fogo entraria em vigor à meia-noite desta quarta-feira (21/11). De acordo com a rede de televisão CNN, o que poderia ser anunciado era um “período calmo”.
O membro do escritório político do Hamas, Izzat Rishq, no entanto, afirmou que apenas o governo do Egito está autorizado a anunciar uma trégua e que “todas as opções estão abertas”. “Nosso povo e a resistência estão preparados para todas as probabilidades”, afirmou Rishq.
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Em sua conta no Twitter, Rishq censurou declarações prévias a respeito de uma possível trégua, ao advertir que essas foram “irresponsáveis”.
O responsável de Relações Exteriores do Hamas, Osama Hamedan, disse ao canal Al Jazeera que seu grupo insiste “na cessação dos assassinatos e no fim do bloqueio”.
Hillary Clinton
Ao chegar em Jerusalém na noite desta terça-feira, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, concedeu uma declaração ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
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Após declaração à imprensa, Clinton e Netanyahu se reuniram em Jerusalém para tratar do conflito com a Palestina
Clinton disse que os Estados Unidos buscam uma “solução duradoura que garanta a estabilidade na região”. Dessa forma, a chefe da diplomacia norte-americana criticou indiretamente a possibilidade de um cessar-fogo temporário entre as partes.
“Vim para trabalhar com vocês [Israel] e com nossos aliados na busca por uma solução justa. Os ataques terroristas sobre as cidades e povoados israelenses devem terminar”, declarou Clinton, que também pretende se encontrar nos próximos dias com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.
A secretária de Estado também agradeceu os esforços de mediação do Egito para que Israel e Hamas ponham fim às hostilidades, nas quais já morreram ao menos 130 palestinos e cinco israelenses. “O Egito tem a oportunidade e a responsabilidade de seguir exercendo um papel muito importante neste conflito.”
Segundo Hillary Clinton, o presidente Barack Obama havia indicado a Mursi que qualquer acordo de trégua deveria incluir o fim dos lançamentos de foguetes contra Israel.
Netanyahu, por sua vez, se limitou a reivindicar o direito de Israel a defender sua cidadania. “Preferimos os meios diplomáticos, mas, se não for possível, tenho certeza que o Senhor entenderá que Israel deve garantir a segurança de seus cidadãos”, sustentou o primeiro-ministro.
(*) com agências de notícias internacionais