A Central de Trabalhadores da Argentina – Autônoma (CTAA) realiza uma greve nacional nesta quarta-feira (12/04) para denunciar as políticas do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A mobilização também reivindica um aumento da alíquota de cálculo do salário mínimo, mas com um foco na crítica ao Fundo, que seria o responsável por exigir do governo do país uma política econômica de austeridade que não permite uma política salarial mais vantajosa para os trabalhadores.
“Chega de políticas do FMI” é o lema da campanha da CTAA nas redes sociais, onde também se difundiu o slogan “renda básica universal para acabar com a fome e a pobreza”.
? Este miércoles nos encontramos nuevamente en las calles. Paramos y movilizamos en todo el país para exigir un aumento salarial de emergencia y un salario universal. pic.twitter.com/4Po2c8WGnL
— CTA Autónoma (@CTAAutonoma) April 10, 2023
O secretário-geral da CTAA, Hugo Godoy, afirmou em entrevista ao canal internacional TeleSur que as demandas buscam fazer com que o governo do presidente Alberto Fernández tome medidas para conter os efeitos da crescente inflação que afeta a economia do país.
“Exigimos um aumento da renda emergencial para todos os trabalhadores formais e informais, ativos e aposentados, além de uma mudança na política econômica, porque o plano econômico que temos hoje é do FMI”.
Twitter / CTAA
Sindicatos argentinos defendem a implementação de uma renda básica universal
Para Godoy, as políticas do FMI são responsáveis pela “enorme queda na renda dos setores populares, e pela tremenda inflação que corrói a economia diária dos trabalhadores, além das dificuldades que as pequenas e médias empresas vêm enfrentando”.
“A ingerência do FMI condiciona o Estado nacional, provincial e municipal a implementação de políticas de recuperação dos rendimentos dos sectores populares e produtivos, o que implica o aumento da pobreza à indigência, e a dificuldade dos trabalhadores em vencer a inflação”, acrescentou.
A mobilização acontece em diversas capitais de província da Argentina, e terá seu ato principal no Centro de Buenos Aires, nas imediações do edifício onde fica o Ministério do Trabalho.
Além da CTAA, outras organizações como o Movimento dos Trabalhadores Excluídos (MTE), a Corrente Classista e Combativa (CCC) e a Frente Popular Darío Santillán (FPDS) também estão participando das manifestações.
Vale destacar que a CTAA é uma dissidência da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), maior central sindical do país.