Quarta-feira, 25 de junho de 2025
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Os trabalhadores da saúde na Grã-Bretanha começaram o que consideram sua maior greve, nesta segunda-feira (06/02), quando dezenas de milhares de enfermeiras e trabalhadores de ambulâncias saíram em uma disputa salarial cada vez maior, em meio a alegações de não acordo por parte do governo Rishi Sunak.

Enfermeiros e trabalhadores de ambulância estão em greve separadamente desde o final do ano passado, mas a greve desta segunda, a maior nos 75 anos do serviço britânico de saúde (NHS), ocorre de forma conjunta.

Os profissionais de saúde estão exigindo um aumento salarial para refletir a pior inflação do Reino Unido em quatro décadas, enquanto o governo diz que isso seria inacessível e levaria a novos aumentos de preços, aumentando as taxas de juros e os pagamentos da hipoteca.

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Por sua vez, os sindicatos acusam o governo de ter optado por “punir” os enfermeiros depois de o ministro da saúde ter insistido que os pagamentos para o setor da saúde não voltariam a ser examinados para este ano.

Profissionais de saúde exigem aumento salarial para refletir pior inflação do Reino Unido em quatro décadas

Twitter/RCN Press Office

Cerca de 500.000 trabalhadores da saúde, muitos do setor público, estão em greve desde julho passado

O sindicato do Royal College of Nursing (RCN) escreveu a Sunak no fim de semana pedindo-lhe para “encerrar rapidamente” a greve de enfermagem com ofertas salariais “significativas”.

Cerca de 500.000 trabalhadores, muitos do setor público, estão em greve desde julho passado, aumentando a pressão sobre o primeiro-ministro Rishi Sunak para resolver disputas e limitar a interrupção de serviços públicos, como ferrovias e escolas.

O RCN diz que uma década de baixos salários contribuiu para dezenas de milhares de enfermeiras deixarem a profissão (25.000 somente no ano passado) com grave escassez de pessoal afetando o atendimento ao paciente.

A organização sindical inicialmente pediu um aumento salarial de 5% acima da inflação e desde então disse que poderia se reunir com o governo “no meio do caminho”, mas os dois lados não conseguiram chegar a um acordo, apesar de semanas de negociações.

Os enfermeiros também entrarão em greve na próxima terça-feira (07/02), enquanto equipes de ambulâncias sairão na sexta-feira (10/02) e os fisioterapeutas na quinta-feira (09/02), tornando a semana “provavelmente a mais perturbadora da história do NHS”, disse o diretor médico da organização, Stephen Powis.

(*) Com TeleSUR