Após uma jornada massiva de paralisações e atos em diversas cidades da França realizados durante a greve geral desta quinta-feira, centrais sindicais e movimentos populares convocaram nesta sexta-feira (06/12) uma nova mobilização conjunta e de nível nacional para a próxima terça-feira (10/12) contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron. As paralisações continuam em alguns pontos do país nesta sexta.
Cerca de oito sindicatos de várias categorias diferentes se reuniram para decidir os desdobramentos das mobilizações que continuam nesta sexta e prometem manifestações em algumas regiões até a próxima segunda-feira (09/12).
“Eles não mediram a extensão do descontentamento social em nosso país e devem responder rapidamente [nossas demandas]”, afirmou Catherine Perret, representante da Confederação geral do Trabalho (CGT) uma das entidades presente no encontro.
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Além da CGT, participaram da decisão a Força Operária, a Federação Sindical Unitária, a União Nacional dos Estudantes da França, a Federação Independente e Democrática dos Estudantes e outros sindicatos.
“Mesmo com sucesso, um dia não é suficiente. O apoio mais amplo será a força deste movimento. É necessário generalizar as greves para todas as empresas”, disso Yyves Veyrier, secretário-geral da Força Operária.
CGT
‘Mesmo com sucesso, um dia não é suficiente, o apoio mais amplo será a força deste movimento’, afirmou líder sindical da Força Operária
Greve nesta sexta-feira
As paralisações continuam em alguns pontos do país nesta sexta-feira (06/12). O segundo dia de greve contra a reforma da previdência de Macron contou com a participação principalmente dos trabalhadores no setor de transportes.
Cerca de nove das 14 linhas do metrô de Paris continuam completamente paralisadas. Trabalhadores do setor ferroviário e aéreo também aderiram às mobilizações, assim como servidores de creches, escolas e hospitais da rede pública.
Nesta quinta-feira, a greve geral levou cerca de 1,5 milhão de pessoas às ruas em mais de 70 cidades de todo o país, segundo dados da CGT.