Os principais sindicatos espanhóis anunciaram nesta segunda-feira (29/08) uma série de protestos contra a reforma da Constituição pactuada pelo governo e pelo principal partido da oposição para limitar o déficit público, em sintonia com a posição de outros países da União Europeia.
Os sindicatos majoritários UGT (União Geral de Trabalhadores) e CCOO (Comissões Operárias) convocaram protestos para quarta (31/08) e quinta-feira (01/09), às vésperas da votação da reforma, e também na sexta-feira (02/09) no Congresso dos Deputados, além de uma manifestação em Madri no dia 6 de setembro.
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Os dirigentes sindicais, da mesma forma que outros grupos sociais, criticam o procedimento utilizado para tratar a reforma, sem consultar os cidadãos ou os Parlamentos regionais. Por este motivo, CCOO e UGT pedem aos parlamentares espanhóis que se pronunciem contra a reforma e que, no caso de aprovação, esta seja submetida a referendo.
A iniciativa foi registrada na sexta-feira passada no Congresso para ser tramitada com urgência, antes da dissolução das Cortes, no dia 27 de setembro, uma vez que foram convocadas eleições gerais para o próximo dia 20 de novembro.
O documento estipulado estabelece um princípio geral de equilíbrio orçamentário das administrações públicas, pelo qual o Estado e as regiões não poderão incorrer em um déficit estrutural que supere as margens estabelecidas pela UE, próximo a zero em 2020.
Também neste domingo, em Madri, o Movimento 15-M, formado por jovens que desde o dia 15 de maio exigem em todo o território espanhol uma “democracia real” e uma mudança sociopolítica, se manifestaram para exigir a convocação de uma consulta popular que decida sobre a reforma constitucional.
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