Centenas de insurgentes começaram a se retirar nesta quarta-feira (09/12) de Al Waer, última área sob controle da oposição síria na cidade de Homs. A medida vem após uma trégua estabelecida entre os combatentes da oposição, também chamados de rebeldes, e o governo do presidente, Bashar al-Assad.
EFE
Veículos da ONU acompanham ônibus que transportam combatentes opositores que abandonam bairro de Al Waer nesta manhã
O governador de Homs, Talal al Barazi, disse à Agência Efe por telefone que o primeiro grupo de homens armados abandonou o bairro há mais de uma hora e que a retirada ocorre desde manhã “com tranquilidade”.
De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, entre os combatentes que estão deixando o distrito em Homs, há integrantes da Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, e de facções simpatizantes do Estado Islâmico.
“Será dada prioridade às mulheres, crianças e pessoas gravemente feridas”, explicou Rami Abdulrahman, chefe da ONG, à Reuters.
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“Dentro do bairro se respira um ambiente positivo, as pessoas estão na rua e se sentem felizes”, afirmou o ativista Mohammed Oglu, à Efe. Morador de Al Waer, ele alega que metade do bairro foi destruída pela violência.
Na semana passada, as facções de oposição e as tropas leais a Assad firmaram um pacto para pacificar Al Waer em um acordo que prevê a libertação de prisioneiros, a abertura dos acessos ao bairro à ajuda humanitária e a reativação das instituições do governo em Homs.
Chamada de “capital da revolução” após o início dos protestos contra Assad em março de 2011, Homs foi um dos principais focos de bombardeios das tropas da presidência.
Depois de um cerco do governo por dois anos, uma trégua anterior permitiu que insurgentes se retirassem da Cidade Velha. Contudo, bairros como Al Waer e outras áreas de Homs permaneceram nas mãos de insurgentes e continuaram a ser alvo dos ataques de Assad, afetando sobretudo a vida dos civis que ali vivem.