O enviado especial da ONU para a crise na Síria, o ex-secretário-geral da entidade, Kofi Annan, disse nesta quinta-feira (05/04) ter sido informado pelo governo de Damasco que o exército do país começa a deixar três regiões, conforme o plano de paz acertado entre as partes.
O processo de desocupação das forças armadas teria começado pelas regiões de Deraa, Idlib e Zabadani. “Temos informação do governo sírio de que já começou a retirar tropas de algumas áreas, e estamos no processo de verificação”, disse o porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, em Genebra.
A retirada das tropas foi uma das condições propostas por Annan para o cessar-fogo entre as forças de segurança leais ao presidente Bashar Al Assad e os grupos insurgentes que há mais de um ano tentam derrubar seu governo.
Hoje chega a Damasco a primeira equipe da ONU que tentará convencer as autoridades sírias a aceitar a entrada de uma missão militar de supervisão e acompanhamento do plano de paz.
Também nesta quinta-feira, o ex-secretário-geral da ONU deverá fazer um pronunciamento nesta quinta-feira ao Conselho de Segurança para informar sobre a mediação do conflito na Síria.
Mortes
Segundo os grupos opositores, pelo menos 27 pessoas, entre elas três menores, morreram nesta quinta-feira em diferentes regiões da Síria, apesar do anúncio da retirada das tropas. De acordo com os Comitês de Coordenação Local, foram registrados 14 mortos na província central de Homs, sete em Idleb, três em Hama (centro) e três em Duma, na periferia da capital.
O grupo informou que entre os mortos em Homs há um homem de 70 anos e três menores com seis, oito e 16 anos que morreram pelos ataques da artilharia do regime.
Enquanto isso, em Idleb, o Exército leal ao presidente Bashar al Assad continuaria a bombardear desde o início da manhã os municípios de Hazano e Kalali, de onde centenas de pessoas fugiram e tentam atravessar a fronteira com a Turquia.
*Com informações da Efe.
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